Instituições financeiras S3 e S4, como definir o ponto de corte no escopo de clientes ou operações para envio do 2030?
Herdado de conceitos de administração de estoques, a curva ABC e a regra de Pareto visam concentrarmos esforços no que é relevante. O desafio é definir, a cada semestre, qual escopo a ser enviado dentro do arquivo, uma vez que essa definição é livre e dependente da política de cada instituição financeira.
1-Enviar todos os clientes ou operações?
Em fases iniciais, a maioria das pequenas instituições carece de infraestrutura ou processos estabelecidos para a avaliação de exposição a riscos sociais, ambientais e climáticos em suas carteiras completas. Futuramente, essas avaliações poderão ser auditadas em relação aos critérios e procedimentos utilizados. Portanto, é razoável enviar um escopo reduzido da carteira, que tenha sido efetivamente ‘avaliado’, de acordo com as instruções de preenchimento do DRSAC 2030.
2-Apenas pelos maiores riscos?
Pelas avaliações possuírem métricas qualitativas, podem possuir um peso julgamental ou mais generalizado, tais como exposições setoriais, onde não necessariamente afetará na mesma proporção a carteira de cada instituição financeira. Esses riscos necessitam ser cruzados com o peso do valor exposto, prazo a decorrer e qualidade do rating, variáveis obtidas da carteira, sem o qual, um ‘risco alto’ em exposições irrelevantes pode desviar atenção de um ‘médio risco’ em exposições relevantes, por exemplo.
3-Apenas os maiores saldos devedores?
Definitivamente, é um critério que deve ser aplicado e priorizado. Contudo, qual seria o limite para considerar ‘maiores saldos’? Esse valor não só varia entre diferentes instituições financeiras, que têm concentrações e tamanhos de clientes distintos, mas também pode mudar de um semestre para outro dentro da mesma carteira, devido aos saldos serem pagos mensalmente e ao surgimento de novas operações.
4-Cruze todas as variáveis para definição do ponto de corte
Ao correlacionarmos a criticidade do risco com a importância relativa de cada exposição, podemos, assim como em uma ‘curva ABC’, priorizar os mais significativos. O desafio reside em equilibrar a obtenção desses dados de maneira transparente, minimizando a dependência de processos manuais de TI ou de gestão de riscos, com um processo claro e compreensível para identificar o ‘ponto de corte’ ideal, utilizando ferramentas especializadas para tal fim.
Se a produção de suas informações foi complexa neste semestre, considere a automação não só para formatar o arquivo de maneira mais eficiente, mas também para aprimorar a gestão e institucionalizar o processo de análise das exposições ao RSAC.
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Yoshio Hada: sócio administrador da B3Bee Consultoria e Sistemas, licenciando sistemas às instituições financeiras nos temas de Modelo Interno de RSAC, Dados Abertos (Demonstrações Financeiras, Relatório do Pilar 3, Relatório do GRSAC e Canais de Atendimento), CADOC’s (DLI 2062, COS 40XX, Saldos Diários 4111, 5011, ETF 80XX, DF 9011/9061, SVR 9800, DRSAC 2030, RCP 4076, Pagamentos do Varejo e Canais de Atendimento 6209), FGC405, Conversão de layouts (ETL), Calendário de Obrigações Acessórias ou Fluxos de Execução, Validação e Envio de CADOC’s.