Após aprender a ler e formar palavras, números e contas aritméticas, eis que surgem as equações, misturando ambas: letras e números.
Lembra de suas primeiras aulas sobre equação? Achei fantástico o exercício de abstração, ao combinar expressões genéricas, em que dependendo do contexto, aquelas letras poderiam significar números diferentes, tornando essa regra genérica e aplicável para vários cenários.
Num nível mais complexo, nossa rotina de trabalho é análoga. Temos informações ou insumos de matéria prima na entrada e informações, serviços ou produtos acabados de maior valor agregado na saída, tal qual a fórmula de uma equação.
Conhecer o funcionamento de um processo ou de uma fórmula permite ajustá-los para uma nova rodada de melhoria contínua, uma vez que é possível antecipar os resultados alternativos a cada alteração proposta. Desconhecer tal mecanismo é uma ‘caixa preta’ que ninguém terá segurança suficiente para propor alteração alguma, daí surgindo as famosas resistências do ‘sempre foi feito assim’.
Mas um processo tende a possuir uma quantidade de exceções maior, daí se aproximando com a inclusão de condicionais das fórmulas de uma planilha, uma evolução em relação às fórmulas estanques com resultado único.
Nossas ferramentas de cálculo e formatação de arquivos têm cada vez mais incorporado boas práticas sugeridas pelos esforços de controles internos visando melhoria da qualidade. Assim, não basta tratar apenas da geração dos ‘números’, que é o objetivo final, mas também conhecer a forma com que eles são produzidos com pontos de controle e rastreabilidade do processo adotado, facilitando a identificação da ‘fórmula’ com que foi produzido, entre outros.
Se isso não é feito pela ferramenta, o usuário precisará documentar essas etapas fora da ferramenta, a fim de estar em conformidade com a política interna da organização.
Uma fórmula matemática é como qualquer processo (uma receita de bolo, programação de aplicativos, produção de bens ou montar uma planilha repleta de cálculos). Todos exigem dominar o conhecimento de como fazê-lo. Os ingredientes sozinhos e a boa vontade no objetivo a ser alcançado por si só não produzem nada sem uma sequência adequada e justificada de execução.
Além da execução em si, cada vez mais é necessário também realizar uma boa gestão, caso vise escalabilidade em vários sentidos. Incorporar a política interna da organização reflete na produção das ferramentas de software. A política interna é o funil prático a ser aplicado na execução, proveniente de esforços da gestão integrada de riscos, processos e controles no nível mais amplo.
Yoshio Hada
Sócio administrador da B3Bee Consultoria e Sistemas, licenciando sistemas dos dados abertos (Demonstrações Financeiras, Pilar 3 e Canais de Atendimento), CADOC’s (DLI 2062, 4010, 5011, 80XX, 9011, 9800), FGC405, conversão de layouts (ETL), controle de limites, controle de obrigações (envio de arquivos regulatórios ou rotinas contábeis-administrativas).