Nossa reflexão é direcionada sob ótica das organizações, pois envolve a distribuição de tarefas, comunicação dentro e entre as equipes, além da forma de avaliar resultados.
Caso a adesão tenha sido planejada e implementada ao longo de meses e anos, o trabalho remoto no cenário atual é mais prática corriqueira (número 1 da figura) do que contingência. A enchente de 10/02/2020 em São Paulo (2) demonstrou a conveniência dessa prática, e agora tendo de ser adotada em escala global por conta da pandemia (3), numa enxurrada de adesão repentina ao trabalho remoto.
Mas essa contingência adotada numa urgência tão grande impediu amplo planejamento e maturidade nas organizações desacostumadas a essa forma de interação. Se a maior parte das dúvidas de seus colaboradores alocados remotamente está sendo ‘de quem devo receber tal informação’, ‘de quem estamos dependendo para continuar’, ‘o que devo fazer agora’, ‘para quem e como envio o que produzi’, talvez sejam dúvidas existentes inclusive presencialmente por falta de processo definido, mas agora potencializado com a falta de contato pessoal com o restante da equipe.
Enfim, adoção do ‘home office’ passará a ser pauta da estratégia operacional e consequentemente da gestão de riscos, controles, processos e auditoria das organizações.